Os executivos da Andrade Gutierrez Elton Negrão de Azevedo e Otávio Marques de Azevedo, réus em processo da Operação Lava Jato, foram soltos pouco antes das 19h desta sexta-feira (5). O G1 apurou que eles assinaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral do República (PGR), mas os termos ainda não foram homologados pela Justiça.
Eles estavam presos no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De lá, seguiram para a Justiça Federal, onde colocaram a tornozeleira eletrônica e foram liberados no início da noite. A PGR e o Supremo Tribunal Federal (STF) não confirmam a assinatura do acordo.
Os dois são acusados dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, e haviam sido presos na 14ª fase da Lava Jato. Eles estavam presos no Paraná desde junho de 2015 e passam, agora, do regime de prisão preventiva para prisão domiciliar.
No despacho, Moro pede para que o MPF, defesas e assistente de acusação sejam intimados. Ele ainda diz que, depois, decidirá sobre a melhor forma para retomar o processo.
A apresentação das alegações finais é o último trâmite da ação penal antes da sentença do juiz. No fim de janeiro, o MPF apresentou as alegações pedindo a condenação de 11 pessoas, dentre elas executivos da empreiteira, e a absolvição de duas pessoas que haviam sido denunciadas.
No caso da Odebrecht, a decisão foi tomada porque, conforme Moro, a Justiça da Suíça considerou irregular o procedimento de envio ao Brasil de informações sobre contas da empresa que teriam sido usadas para pagamento de propina a diretores da Petrobras.
G1