Expectativa de vida ao nascer no Brasil mantém trajetória de alta, aponta IBGE

Expectativa de vida ao nascer no Brasil mantém trajetória de alta, aponta IBGE

Brasil
Joaquim
3 de outubro de 2021
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A pandemia do novo coronavírus, que já tirou a vida de quase 600 mil brasileiros, não reverteu a tendência de alta da expectativa de vida ao nascer em território nacional.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os bebês que nasceram em 2020 têm perspectiva de viver por 76,7 anos, contra 76,5 anos apurados em 2019.

Apesar do aumento da esperança de vida no momento do nascimento, a taxa de fecundidade caiu de 1,77 para 1,76. Já os volumes de natalidade e mortalidade infantil a cada 100 mil habitantes/nascimentos foram reduzidos de 14,20 para 13,99 e de 11,94 para 11,56, respectivamente.

A taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes, por sua vez, subiu para 6,56. O valor corresponde à manutenção da trajetória de alta das mortes iniciada em 2012. No entanto, o crescimento de 0,05 ponto do indicador foi o maior dos últimos dez anos. Segundo o estudo, as estatísticas vitais com evolução no número de óbitos em relação aos anos anteriores “evidenciam o excesso de mortalidade devido à Covid-19”.

Como reflexo do número maior de mortes, o levantamento sugere uma queda na tendência de alta da esperança de vida ao nascer, com a redução estimada em, aproximadamente, dois anos. A avaliação é que o aumento dos níveis de mortalidade também deve reforçar a tendência de queda do ritmo de crescimento populacional.

“Ainda que sejam observados impactos da pandemia na natalidade/fecundidade e, sobretudo, nos níveis de mortalidade nos anos de 2020 e 2021, o processo de envelhecimento e a redução acelerada do ritmo de crescimento populacional são tendências intrínsecas da população brasileira”, aponta o estudo.

População

Em termos populacionais, o estudo indica um crescimento de 0,77% no número de residentes no Brasil em 2020, para 211,76 milhões de habitantes. Em dez anos, o aumento populacional foi de 11%, ou 21 milhões de habitantes.

Na percepção dos pesquisadores, a pandemia da Covid-19 tem condições de causar uma “redução abrupta” nas taxas brutas de natalidade e de fecundidade, semelhantes às observadas no caso da epidemia do zika vírus, em 2016.

“As dificuldades econômicas, as mudanças de hábitos no cotidiano, as transformações nas relações sociais e as incertezas quanto à própria sobrevivência são fatores que certamente deverão estar presentes nas decisões de postergação da nupcialidade e da fecundidade em tempos de pandemia”, destaca a pesquisa.

 

 

Uol

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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